O padrão-ouro foi um sistema monetário no qual o valor de uma moeda nacional era legalmente definido como uma quantidade fixa de ouro. Internacionalmente, as moedas tinham seu valor em ouro e internamente o meio circulante era composto por moedas de ouro ou notas conversíveis em ouro a qualquer momento, de acordo com as taxas de conversão estabelecidas.
Para que o sistema de padrão-ouro funcionasse plenamente, duas funções básicas precisavam ser cumpridas: a obrigação das autoridades monetárias de converter a moeda nacional em ouro de acordo com a taxa fixada, incluindo a cunhagem ilimitada de moedas de ouro, e a liberdade dos indivíduos de exportar e importar ouro.
Além disso, as autoridades monetárias estabeleciam uma pequena diferença entre os preços de compra e venda do ouro, a fim de cobrir os custos de cunhagem. Esse sistema "puro" do padrão-ouro admitiu diversas variantes em seu funcionamento prático ao longo do tempo.
Uma das variantes mais importantes foi o padrão-câmbio-ouro, no qual a moeda de um país era trocada pela moeda de outro país (como o dólar ou a libra esterlina), que por sua vez estava vinculada ao ouro. Essa relação permitia uma maior estabilidade nas transações internacionais e facilitava o comércio entre as nações.
Em resumo, o padrão-ouro foi um sistema monetário que marcou parte da história econômica mundial, sendo baseado no valor do ouro e nas taxas de conversão estabelecidas pelas autoridades. Apesar de suas variações e desafios, contribuiu para a organização e estabilidade das relações comerciais internacionais por um período significativo.