A expressão Pirâmides de Keynes refere-se a investimentos economicamente improdutivos que são realizados com o intuito de estimular a demanda efetiva e impulsionar a economia durante períodos de recessão. Um exemplo clássico desse conceito é a construção de uma pirâmide, onde o custo de construção supera em muito o valor econômico que ela pode gerar.
No contexto brasileiro, a queima do café após a crise econômica de 1929 é um exemplo prático do uso das Pirâmides de Keynes. Com o intuito de manter a demanda efetiva e evitar uma recessão ainda mais profunda, o governo brasileiro optou por destruir toneladas de café, em vez de simplesmente reduzir a produção para equilibrar o mercado.
A estratégia de manutenção da demanda efetiva através de investimentos infrutíferos foi defendida por Keynes como forma de reerguer as economias pós-crise de 1929. A partir desse contexto, o termo Pirâmides de Keynes passou a ser utilizado para descrever essas práticas que visam estimular a economia, mesmo que de forma não sustentável a longo prazo.
Em suma, as Pirâmides de Keynes representam uma estratégia econômica controversa, que busca impulsionar a demanda efetiva e evitar uma recessão, mas que pode gerar consequências negativas no futuro. É importante ponderar os benefícios imediatos desses investimentos em relação aos impactos de longo prazo, a fim de garantir a estabilidade e o crescimento sustentável da economia.