O Plano Austral foi uma medida de estabilização econômica adotada pela Argentina em meados de 1985, em meio a uma crise de hiperinflação que assolava o país. Com taxas mensais de variação de preços superiores a 30%, o governo argentino precisava agir rapidamente para conter a escalada inflacionária e restabelecer a confiança na economia.
Dentre as principais medidas adotadas pelo Plano Austral, destacam-se o congelamento de preços e salários por tempo indeterminado, a substituição do peso argentino pelo austral na reforma monetária, a fixação de uma taxa de câmbio de 80 centavos de austral por dólar e o compromisso de não financiar o déficit fiscal por meio da emissão descontrolada de moeda. Além disso, houve a criação de uma tabela de conversão de pesos em austrais para o pagamento de obrigações anteriores a determinada data, o financiamento do déficit público por meio de créditos negociados com o FMI e bancos credores, e a redução das taxas de juros.
Apesar de inicialmente ter trazido uma relativa estabilidade de preços à economia argentina, o Plano Austral não foi capaz de conter a inflação de forma duradoura. Novos choques e medidas tiveram que ser implementados para combater o processo inflacionário, demonstrando a complexidade e os desafios enfrentados na busca pela estabilidade econômica.
Assim, o Plano Austral se tornou mais um capítulo na história econômica da Argentina, marcando um período de tentativas e erros na busca por soluções eficazes para conter a inflação e promover o desenvolvimento sustentável do país. A experiência com esse plano serve de aprendizado para futuras políticas econômicas e evidencia a importância de medidas consistentes e bem planejadas para enfrentar os desafios econômicos de uma nação.