O Plano Bresser foi elaborado no primeiro semestre de 1987 pelo ministro Luis Carlos Bresser Pereira, com o objetivo de combater a inflação que assolava o país na época. Inspirado no Plano Cruzado, o Plano Bresser trouxe algumas modificações para tentar evitar os problemas que surgiram com o plano anterior.

Entre as medidas mais importantes do Plano Bresser estavam o congelamento de preços e salários por um período de noventa dias, seguido por uma fase de flexibilização e posterior liberação de preços. Além disso, foi estabelecido um novo indexador, a Unidade de Referência de Preços (URP), que reajustaria salários e determinaria tetos para os reajustes de preços.

Apesar das medidas adotadas, a economia não conseguiu se recuperar completamente. O baixo crescimento econômico e os reajustes de preços do setor público acabaram gerando novas pressões inflacionárias. A perspectiva de um novo congelamento fez com que os preços continuassem subindo, levando a uma escalada inflacionária no final de 1987.

Diante desse cenário, houve a substituição de Bresser Pereira e o retorno a princípios mais ortodoxos, com a adoção de medidas monetaristas para combater a inflação. O Plano Bresser, apesar de suas boas intenções, não foi capaz de conter a inflação de forma eficaz, mostrando a complexidade do cenário econômico da época e a dificuldade de encontrar soluções duradouras para os problemas inflacionários do país.