Segundo a concepção marxista do valor, o trabalho morto refere-se ao trabalho já realizado e cristalizado em uma determinada mercadoria. Em outras palavras, é o trabalho passado, que se materializa em um produto específico. Esse conceito é fundamental para a compreensão da teoria do valor-trabalho de Marx, que afirma que o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la.
Quando falamos em trabalho morto, estamos nos referindo ao trabalho acumulado ao longo do tempo, que se transforma em capital fixo, como máquinas, equipamentos e instalações. Esse trabalho passado é essencial para a produção de novas mercadorias, pois sem ele não seria possível a existência de um processo produtivo contínuo e eficiente.
O trabalho morto só pode ser percebido na forma de uma mercadoria concreta, ou seja, na materialização do trabalho passado em um produto específico. É através desse processo de objetivação do trabalho que o valor da mercadoria é determinado, pois é a quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la que estabelece seu valor de troca no mercado.
Portanto, o trabalho morto desempenha um papel fundamental no sistema capitalista, pois é a base sobre a qual se sustenta a produção de mercadorias e a acumulação de capital. É através da valorização do trabalho passado que se torna possível a geração de lucro e a reprodução ampliada do capital, garantindo a continuidade do sistema econômico vigente.