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Trafico de Escravos

Durante a Idade Moderna, o comércio de escravos africanos foi uma prática que perdurou por séculos, iniciada no século XV e encerrada apenas na segunda metade do século XIX. Antes desse período, mercadores árabes já praticavam o tráfico de africanos, porém, com os grandes descobrimentos e o desenvolvimento do mercantilismo, europeus passaram a dominar essa atividade. Inicialmente, os africanos eram empregados em trabalhos na Espanha, em Portugal e nas plantações de cana-de-açúcar das ilhas atlânticas portuguesas.

Com a colonização da América e a implantação das culturas tropicais, o tráfico de escravos se intensificou, resultando no transporte de cerca de 15 milhões de africanos para o Novo Continente, sendo 3,6 milhões destinados ao Brasil. Os portugueses detiveram o monopólio do tráfico negreiro até o início do século XVII, quando passaram a enfrentar a concorrência de ingleses, franceses e holandeses. No século XVIII, os ingleses assumiram a liderança nesse comércio lucrativo, tornando-o uma importante fonte de acumulação de capitais.

Com a Revolução Industrial e a ascensão do trabalho assalariado, a Inglaterra começou a defender a abolição do comércio de escravos africanos. Entre 1777 e 1804, todos os Estados do Norte dos Estados Unidos aboliram o tráfico, enquanto o Sul continuou a se beneficiar desse sistema para abastecer suas plantações de algodão. Em 1807, a Inglaterra proibiu o tráfico para suas colônias e a França seguiu o mesmo caminho em 1848.

A pressão internacional contra o tráfico de escravos se intensificou, levando à promulgação da Lei Aberdeen em 1845, que autorizava a Marinha inglesa a capturar as embarcações negreiras a caminho do Brasil em alto-mar. O Brasil extinguiu finalmente o tráfico em 1850, porém, o comércio interno de escravos continuou até 1885. Esse longo período de exploração dos africanos deixou marcas profundas na história e na cultura dos países envolvidos, demonstrando a crueldade e a desumanidade do tráfico de escravos.

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